Quatro de Novembro
Há dias
em que a saudade é mais forte
bate em nós
como vento com rajadas Norte
ficamos feridos de morte
com um amargo sabor na boca,
lágrimas persistentes no olhar,
um nó na garganta seca,
a voz sem som para emitir,
um frio que não se define,
e uma enorme vontade de fugir.
Há dias especiais
em que a saudade dói mais
e nos lembra a cada instante
que tudo passa num instante
que não te posso ver mais.
Há dias em que recordar
é dizer o verbo amar
com a maior força da alma
que esse verbo contém,
e dizê-lo com a certeza
que em tua singeleza
foste quem mais me amou,
Minha Mãe.
em que a saudade é mais forte
bate em nós
como vento com rajadas Norte
ficamos feridos de morte
com um amargo sabor na boca,
lágrimas persistentes no olhar,
um nó na garganta seca,
a voz sem som para emitir,
um frio que não se define,
e uma enorme vontade de fugir.
Há dias especiais
em que a saudade dói mais
e nos lembra a cada instante
que tudo passa num instante
que não te posso ver mais.
Há dias em que recordar
é dizer o verbo amar
com a maior força da alma
que esse verbo contém,
e dizê-lo com a certeza
que em tua singeleza
foste quem mais me amou,
Minha Mãe.
21 Comments:
Querida Fatinha,
É com muita emoção que me associo a esta bela homenagem à Senhora tua Mãe.
Eu estarei sempre presente enquanto a Vida o permitir.
Beijo-te o Coração,
Comovida, recordei o 30 de Agosto e o 22 de Novembro de 1994, em que perdi o meu Pai e o meu Marido.
Beijo, minha querida.
Mãe, o Amor que é incondicional. Um poema, uma homenagem, um sentimento forte. Beijos, bom fim de semana
Minha querida, como te compreendo...
Também eu perdi a minha no dia 19 de Junho de 1992 e desde esse dia que a minha vida virou um vazio imenso.
Ela, embora à sua maneira, foi o pilar que me sustinha.
Mas sabes? Ainda é! :-)
Porque eu não a vejo morta, nem fria, nem enfiada numa cova funda de um cemitério.
Vejo-a, sempre que olho o espelho pela manhã, nos traços que temos em comum, desde o físico à personalidade, ao gosto pelas artes e por tudo o que é natureza.
A minha mãe querida, mesmo quando andávamos de candeias às avessas, foi e será sempre a minha candeia que ilumina os meus caminhos.
Está e estará sempre viva dentro de mim e na minha memória dos bons momentos que vivemos juntas até ao último segundo da sua tão dolorosa vida.
Obrigada pelo teu lindo poema e pela homenagem que fazes a quem ama sempre de forma incondicional.
AS MÃES.
amei, sem palavras....
jocas maradas
Viajei para longe.
A minha mãe está viva, felizmente.
O futuro bate à nossa porta.
É tempo de olhar o grão de chuva que aparece.
Silêncio.
Fátima,
É bom estares de volta.
Nesta altura, mais que noutros dias, lembramos com saudade aqueles que se foram libertando...
Um abraço e muita força.
É um poema sentido.
Um abraço
Um belo poema de homenagem a um Amor que nunca se esquece, que é eterno. Um bjinho e uma flor
A minha mãe morreu há apenas 4 anos. Uns dias parace-me que foi ontem, outros parece-me que foi há séculos, mas não há um único dia em que não sinta a sua falta.
Beijos para ti.
Fico feliz que tenhas voltado depois de tantos dias ausente... Cá virei com frequencia, nao duvides... Estou rearrumando minha casa, e vou atualizar meus links para nao perder a direçao para encontrar aqueles a quem gosto de visitar... :)
Beijos e sorrisos para ti!
Vieste parar ao meu correio.
De Pássaro.
Que não por acaso, gosto.
Ainda por cima azul. Faz lembrar-me o Benfica, o meu signo, e uma velha recordação de que já te tinha "visto". Algures, por aí nos blogs.
De qualquer forma, bem-vinda (ou revinda) ao convívio de quem gosta de te ter por perto.
Se por acaso ou ilusão estiver errado, não ligues. Sou eu que a esta hora estou a escrever às escuras.
Um bom fim-de-semma.
Também eu perdi a minha mãe aos 3 anos de idade ... e apesar de se terem passado 50 anos ela continua a fazer-me uma falta imensa.
Permites que partilhe contigo esta bela evocação/homenagem ?
Um beijinho
bela homenagem, e tambem bela passagempelo meu cantinho, onde eu digo obrigado... os meus olhos são do mais vulgar que por aí anda mas enfim, gostos não se discutem!
beijo d Alexandre
Está lindíssimo o teu poema.
Escreveste-o com o coração, como não podia deixar de ser...
Um excelente fim de semana!
Sem dúvida que nenhum amor é igual ao de uma mãe. Neste momento que adivinho triste, a minha solidariedade.
Um beijo
Foi com emoção que li este Poema, porque também eu perdi a minha Mãe há 19 anos no dia 14 de Março e, recordo-a todos os dias no meu coração.
Grata pela partilha
Um abraço terno ;)
O amor incondicional de uma/um mãe/pai é inultrapassável...
Beijokinhas e boa semana de trabalho
Sejas bem aparecida :)
Uma homenagem merecida num poema cheio de ternura.
Beijoka da Lina (mar revolto)
Maezinha,
Aqui estou eu viagando e matando saudades no teu blog.
um beijo cheio de carinho do teu filho rui
Ha dias em q a saudade nos sufoca......
Beijos
Até a saudade é boa, quando se evoca a mãe.
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