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sexta-feira, novembro 04, 2005

Quatro de Novembro

Há dias
em que a saudade é mais forte
bate em nós
como vento com rajadas Norte
ficamos feridos de morte
com um amargo sabor na boca,
lágrimas persistentes no olhar,
um nó na garganta seca,
a voz sem som para emitir,
um frio que não se define,
e uma enorme vontade de fugir.

Há dias especiais
em que a saudade dói mais
e nos lembra a cada instante
que tudo passa num instante
que não te posso ver mais.

Há dias em que recordar
é dizer o verbo amar
com a maior força da alma
que esse verbo contém,
e dizê-lo com a certeza
que em tua singeleza
foste quem mais me amou,
Minha Mãe.

21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Querida Fatinha,

É com muita emoção que me associo a esta bela homenagem à Senhora tua Mãe.

Eu estarei sempre presente enquanto a Vida o permitir.

Beijo-te o Coração,

9:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Comovida, recordei o 30 de Agosto e o 22 de Novembro de 1994, em que perdi o meu Pai e o meu Marido.

Beijo, minha querida.

10:14 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Mãe, o Amor que é incondicional. Um poema, uma homenagem, um sentimento forte. Beijos, bom fim de semana

10:33 da tarde  
Blogger Noélia de Santa Rosa said...

Minha querida, como te compreendo...
Também eu perdi a minha no dia 19 de Junho de 1992 e desde esse dia que a minha vida virou um vazio imenso.
Ela, embora à sua maneira, foi o pilar que me sustinha.
Mas sabes? Ainda é! :-)
Porque eu não a vejo morta, nem fria, nem enfiada numa cova funda de um cemitério.
Vejo-a, sempre que olho o espelho pela manhã, nos traços que temos em comum, desde o físico à personalidade, ao gosto pelas artes e por tudo o que é natureza.
A minha mãe querida, mesmo quando andávamos de candeias às avessas, foi e será sempre a minha candeia que ilumina os meus caminhos.
Está e estará sempre viva dentro de mim e na minha memória dos bons momentos que vivemos juntas até ao último segundo da sua tão dolorosa vida.
Obrigada pelo teu lindo poema e pela homenagem que fazes a quem ama sempre de forma incondicional.
AS MÃES.

10:55 da tarde  
Blogger Su said...

amei, sem palavras....
jocas maradas

10:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Viajei para longe.
A minha mãe está viva, felizmente.
O futuro bate à nossa porta.
É tempo de olhar o grão de chuva que aparece.
Silêncio.

11:27 da tarde  
Blogger José Gomes said...

Fátima,
É bom estares de volta.
Nesta altura, mais que noutros dias, lembramos com saudade aqueles que se foram libertando...
Um abraço e muita força.
É um poema sentido.
Um abraço

11:31 da tarde  
Blogger Amita said...

Um belo poema de homenagem a um Amor que nunca se esquece, que é eterno. Um bjinho e uma flor

11:40 da tarde  
Blogger Maria said...

A minha mãe morreu há apenas 4 anos. Uns dias parace-me que foi ontem, outros parece-me que foi há séculos, mas não há um único dia em que não sinta a sua falta.
Beijos para ti.

11:57 da tarde  
Blogger Unknown said...

Fico feliz que tenhas voltado depois de tantos dias ausente... Cá virei com frequencia, nao duvides... Estou rearrumando minha casa, e vou atualizar meus links para nao perder a direçao para encontrar aqueles a quem gosto de visitar... :)
Beijos e sorrisos para ti!

12:35 da manhã  
Blogger eduardo said...

Vieste parar ao meu correio.
De Pássaro.
Que não por acaso, gosto.
Ainda por cima azul. Faz lembrar-me o Benfica, o meu signo, e uma velha recordação de que já te tinha "visto". Algures, por aí nos blogs.
De qualquer forma, bem-vinda (ou revinda) ao convívio de quem gosta de te ter por perto.

Se por acaso ou ilusão estiver errado, não ligues. Sou eu que a esta hora estou a escrever às escuras.

Um bom fim-de-semma.

12:56 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Também eu perdi a minha mãe aos 3 anos de idade ... e apesar de se terem passado 50 anos ela continua a fazer-me uma falta imensa.
Permites que partilhe contigo esta bela evocação/homenagem ?
Um beijinho

1:10 da manhã  
Blogger saisminerais said...

bela homenagem, e tambem bela passagempelo meu cantinho, onde eu digo obrigado... os meus olhos são do mais vulgar que por aí anda mas enfim, gostos não se discutem!
beijo d Alexandre

2:43 da manhã  
Blogger GNM said...

Está lindíssimo o teu poema.
Escreveste-o com o coração, como não podia deixar de ser...

Um excelente fim de semana!

3:44 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Sem dúvida que nenhum amor é igual ao de uma mãe. Neste momento que adivinho triste, a minha solidariedade.
Um beijo

9:14 da manhã  
Blogger Menina Marota said...

Foi com emoção que li este Poema, porque também eu perdi a minha Mãe há 19 anos no dia 14 de Março e, recordo-a todos os dias no meu coração.

Grata pela partilha

Um abraço terno ;)

10:02 da manhã  
Blogger Dilbert said...

O amor incondicional de uma/um mãe/pai é inultrapassável...
Beijokinhas e boa semana de trabalho

12:38 da manhã  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Sejas bem aparecida :)
Uma homenagem merecida num poema cheio de ternura.

Beijoka da Lina (mar revolto)

3:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Maezinha,

Aqui estou eu viagando e matando saudades no teu blog.

um beijo cheio de carinho do teu filho rui

5:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ha dias em q a saudade nos sufoca......
Beijos

4:17 da tarde  
Blogger dragão yuri said...

Até a saudade é boa, quando se evoca a mãe.

9:46 da tarde  

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