Viver
Morre lentamente…
Quem não lê,
Quem não viaja,
Quem não ouve musica,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente…
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente…
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente…
Quem evita uma paixão e o seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente…
Quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor.
Morre lentamente…
Quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
Morre lentamente…
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos…
Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Pablo Neruda
A propósito deste texto de como se “morre lentamente”, que é um grito de alerta às consciências mais adormecidas, eu quero falar de viver.
E viver passa por uma permanente reinvenção de nós próprios, por uma inquietação por baixo das águas do quotidiano, por mergulhar para depois ver o que acontece, por pegar o touro pelos cornos sem medo do hipotético sofrimento que virá depois. Virá?
Viver é continuar a abrir portas para um nada ou para algum absurdo. É pular a cerca para um jardim de promessas ou passear à noite tentando ver luz para além das luzes.
Viver é ter a audácia de pensar, de reflectir, de parar para analisar quem somos, o que estamos a fazer com a nossa vida, com o nosso tempo, com os nossos afectos.
Viver, é recriar, elaborar e não aceitar a vida apenas para ser vivida ou suportada. Suportada, nunca!
Viver é saborear o bem, mas aqui e li saber enfrentar o mal. Questionar o que nos é imposto sem demasiada sensatez, mas também sem rebeldias insensatas.
Viver é escapar, na liberdade do pensamento, do espírito de manada que, obstinadamente nos empurra e nos tenta enquadrar.
Viver é sonhar, ter esperança e nunca desistir de correr atrás do nosso sonho por mais impossível que ele possa parecer.
Viver é amar, amar com toda a alma, com todo o vigor, os que nos amam, os que nem sabem o que isso significa, tudo o que nos rodeia sem excepção, sair de nós mesmo e olhar o mundo com os olhos do coração.
Quem não lê,
Quem não viaja,
Quem não ouve musica,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente…
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente…
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente…
Quem evita uma paixão e o seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente…
Quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor.
Morre lentamente…
Quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
Morre lentamente…
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos…
Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Pablo Neruda
A propósito deste texto de como se “morre lentamente”, que é um grito de alerta às consciências mais adormecidas, eu quero falar de viver.
E viver passa por uma permanente reinvenção de nós próprios, por uma inquietação por baixo das águas do quotidiano, por mergulhar para depois ver o que acontece, por pegar o touro pelos cornos sem medo do hipotético sofrimento que virá depois. Virá?
Viver é continuar a abrir portas para um nada ou para algum absurdo. É pular a cerca para um jardim de promessas ou passear à noite tentando ver luz para além das luzes.
Viver é ter a audácia de pensar, de reflectir, de parar para analisar quem somos, o que estamos a fazer com a nossa vida, com o nosso tempo, com os nossos afectos.
Viver, é recriar, elaborar e não aceitar a vida apenas para ser vivida ou suportada. Suportada, nunca!
Viver é saborear o bem, mas aqui e li saber enfrentar o mal. Questionar o que nos é imposto sem demasiada sensatez, mas também sem rebeldias insensatas.
Viver é escapar, na liberdade do pensamento, do espírito de manada que, obstinadamente nos empurra e nos tenta enquadrar.
Viver é sonhar, ter esperança e nunca desistir de correr atrás do nosso sonho por mais impossível que ele possa parecer.
Viver é amar, amar com toda a alma, com todo o vigor, os que nos amam, os que nem sabem o que isso significa, tudo o que nos rodeia sem excepção, sair de nós mesmo e olhar o mundo com os olhos do coração.
Maria de Fátima
7 Comments:
Viver, essa força que tu tens de entrega e Fraternidade.
Eu estarei sempre ao teu lado.
Magnifico texto, tendo por mote as palavras do grande Pablo Neruda.
Espero ter escolhido a música apropriada para o ilustrar. Eu penso que decidi bem.
Com toda a ternura, beijo o perfume dos teus olhos.
Querida, Pablo Neruda e tu, fazem-me acreditar, que desde que nasci, tenho vivido de facto, intensamente! Só assim concebo a vida : arriscando sempre, sem medo, sem vergonha, em frente, doa a quem doer!
Beijinhos, o meu texto espera o teu comentário...
"Viver é amar, amar com toda a alma, com todo o vigor"
Sim,também eu posso dizer que "Viver é amar". Pois amo como nunca amei na minha vida e acredito de todo o meu coração que viverei toda a minha vida a amar quem me ensinou a viver a sentir a simples brisa do mar.
Beijo doce
Marta
Complementaste de forma soberba as palavras do meu tão querido Neruda!
Obrigada pela partilha.
beijo
Segundo depreendi para ti viver é viver a tua invenção de vida, mas a vida é muito mais do que nós inventamos.
Um beijo. Augusto
É por isto, por uma postura de vida, por um amor intenso por tudo aquilo que é viver. É por isto que a adoramos madrinha, é por isto que é madrinha de nós todos (pai, mãe e Maria), é por tudo o que faz de si uma grande, digo GRANDE, pessoa, com uma grande alma e um coração infinito. Temos todas as certezas de que nesse coração cabem todas as almas do mundo, e sentimo-nos afortunado por fazermos parte do Seu.
Para quem não conhece a Fatinha: Acreditem é tudo e muito mais do que o que aqui está.
Beijinhos muito, MUITO, especiais
Marta, a da Maria (Ah, um olá especial para a outra Marta e FORÇA!!!)
A muito bonito ,assim como viver a uma palavra que faz parte de nós.
Beijinhos cheio de saudades.
Ivone Quadros e familia.
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